Muitas pessoas, assim como eu, já se deram conta de que não precisamos acordar todos os dias para seguir com uma rotina que não nos agrada e muito menos cumprir longas jornadas de trabalho para ser um bom profissional. Para serem mais produtivas, elas perceberam que é preciso ter satisfação no trabalho e, nessa onda, surgem os “novos ricos” do mercado de trabalho: os nômades digitais.
Para você ter ideia desse cenário caótico de insatisfação que vivemos, o Brasil carrega o título de segundo país mais estressado do mundo, em um ranking com dez países, de acordo com a International Stress Management Association (Isma — Brasil). Nessa pesquisa, 69% dos entrevistados apontam que o fator de maior estresse do brasileiro é o trabalho.
Só que na contramão da insatisfação, tem gente que não vê mais o trabalho como uma questão de sobrevivência. O trabalho remoto, por exemplo, vem crescendo e provando que o que importa não são as horas trabalhadas ou se o time está reunido dentro do escritório, mas sim os impactos e os resultados que cada um é capaz de causar em um projeto — independente de como isso aconteça.
Nomadismo digital: como funciona e para quem é?
Mais do que ter liberdade para trabalhar home office, de um coworking ou de um café, tem gente que vai além nas possibilidades do trabalho remoto. Os nômades digitais são especialistas em colecionar experiências e fazer o trabalho acontecer de qualquer lugar do mundo. Irado, né?
Os nômades digitais não têm lugar fixo para trabalhar: são 100% remotos. Mas, peraí, nomadismo digital não é profissão e nem vale só para algumas pessoas.
O que quero dizer é que nomadismo digital não serve apenas para aquele seu amigo que tomou a decisão de vender a própria casa, conhecer o mundo inteiro e tem uma profissão que depende apenas de um notebook. Se você acredita no trabalho remoto e se ele funciona para a sua área de atuação, você também pode ser um nômade digital, mesmo que por um breve período.
Por exemplo, você tem o sonho de conhecer um país muito distante do seu, mas, infelizmente, não consegue tirar férias ou se desligar das suas funções no trabalho nesse momento? Fica tranquilo, você não precisa ficar preso na sua rotina e deixar de realizar outros sonhos.
Você pode viajar e ser um nômade por alguns dias. Eu mesma já fiz isso, viajei para o Canadá por um mês e continuei trabalhando para a minha empresa aqui do Brasil. Sim, é cheio de desafios, mas também é uma experiência única!
Neste texto, conto como é possível trabalhar officeless e também dou algumas dicas para quem vai ficar assim por um tempinho. E, se você se interessou em ser um nômade digital, aqui também indico três perfis que são referências no assunto e disponibilizam muito conteúdo:
👉🏼 Matheus de Souza: Nômade digital que escreve, empreende e ensina, considerado pelo LinkedIn como o terceiro brasileiro mais influente da rede no ano de 2016 em sua lista de Top Voices.
👉🏼 Nômades Digitais: Eme e Jaque são criadores do projeto Nômades Digitais e também dos sites Hypeness e Casal sem Vergonha. Hoje eles viajam pelo mundo enquanto trabalham e, no caminho, vão inspirando outras pessoas que querem seguir a mesma trilha.
👉🏼Viajo Logo Existo: Criado pelo casal Leonardo Spencer e Rachel Paganotto, há 5 anos estão viajando e trabalhando ao mesmo tempo. Eles ganham dinheiro com um blog, dão palestras sobre nomadismo digital e já lançaram 4 livros.
Pode ser que não seja do seu perfil largar tudo e viajar o mundo, mas pode ser que um dia você esteja cansado da sua rotina no Brasil e queira estudar um tempo fora ou fazer uma Eurotrip sem precisar abrir mão do seu trabalho.
Você vai deixar de realizar os seus sonhos ou vai se abrir para novas alternativas?
Trabalho remoto e nomadismo digital não é sobre precisar fazer escolhas entre profissional e pessoal, mas sim ter mais possibilidades de viver a sua vida e se sentir completo. E, se você estiver afim de visitar o escritório uma hora dessas, vai estar tudo certo também.