Todo mundo tem seus dias no trabalho. Às vezes, uma entrega importante pode deixar você mais nervoso ou pressionado, e até tudo bem. Mas, quando essa sensação é constante, é sinal de que algo está errado. Falar sobre burnout é real e tão verdadeiro que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já elencou a síndrome como parte da Classificação Internacional de Doenças como um fenômeno ocupacional que é necessário apoio médico. E se eu perguntasse para você como se sente hoje no seu trabalho? O que você me diria?
Por um acaso (ou não), acabei encontrando na internet uma calculadora de burnout que é baseada em questionários científicos criados por profissionais de psicologia. A ferramenta é sem fins lucrativos e foi criada a partir da identificação dos altos níveis de esgotamento na indústria da tecnologia.
É um teste super rápido que leva apenas 2 minutos para responder 9 questões. Recomendaria você fazer, porque, independente do resultado, vai se deparar com pontos de atenção que antes você talvez nem dava muito valor. Clique aqui para conhecer a calculadora.
Talvez você ainda responda que está tudo bem e isso pode ser verdadeiro. Se você trabalhar remotamente, pode ser até que me diga que nem nota o tempo passar e, muitas vezes, trabalha mais do que o necessário. Mas isso está errado! Estamos sempre forçando e nos exigindo mais, porque a gente acredita que burnout é o tipo de coisa que acontece somente com os outros e não com a gente. Engano o nosso.
A Organização Mundial da Saúde afirma que o burnout é uma síndrome conceituada como resultado do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. E é caracterizada por três dimensões:
- sentimentos de esgotamento ou exaustão de energia;
- maior distância mental do trabalho de alguém ou sentimentos de negativismo relacionados ao trabalho de alguém;
- eficácia profissional reduzida.
Quem hoje em dia não se sente exausto? Quem não se compara constantemente com os outros? Quem não sente (e, muitas vezes, se culpa) por não estar produzindo tanto quanto gostaria?
O nosso estilo de vida acelerado e digitalmente conectado aumentou consideravelmente as chances de um burnout. E é por isso que profissionais da área de tecnologia, criatividade e inovação e também aqueles que trabalham remotamente com o apoio de ferramentas digitais estão mais sujeitos à isso.
Sabe aquele papo de liberdade e autonomia no trabalho que tanto falamos por aqui? É importante usar com moderação. Parece que se tornou uma norma pensar que é preciso estar sempre disponível para o trabalho, se você não tiver dormindo. E, simplesmente, por se colocar "disponível" você acaba gerando tensão e ansiedade para si mesmo.
Quando o burnout aparece, você não pode apenas deixá-lo no escritório (ou em qualquer outro lugar que você use para trabalhar). O esgotamento acaba aparecendo em todas as outras áreas da sua vida.
O lado bom é que possível de ser superado e aí voltamos para a história da calculadora que estava no início desse texto. Olhar com atenção para alguns sinais (e procurar a ajuda de um profissional) e saber usar a liberdade com responsabilidade são bons caminhos para evitar o desgaste emocional.