Simplesmente não acreditamos que nossos funcionários tenham interesse em chegar atrasados, sair mais cedo e fazer o mínimo possível com o máximo de dinheiro que seu sindicato pode arrancar de nós. Afinal, são as mesmas pessoas que criam filhos, elegem prefeitos, governadores, senadores e presidentes. Eles são adultos. Na Semco, nós os tratamos como adultos. Nós confiamos neles. Não fazemos nossos funcionários pedirem permissão para ir ao banheiro, nem pedimos que os seguranças os revistem ao saírem. Saímos do caminho deles e os deixamos fazer seu trabalho.
– Ricardo Semler
A citação acima foi tirada do livro Maverick, escrito pelo Ricardo Semler e publicado no ano de 1988, 22 anos atrás. Nessa época, ao assumir a liderança da Semco, após algum tempo ele começou a questionar modelos de liderança e sistemas que puniam a maioria das pessoas pelo comportamento da minoria.
Avançando para os dias de hoje, com os desafios da pandemia, além da sobrecarga de trabalho, muitos profissionais estão sendo submetidos a avaliações pautadas no comando e controle onde é mais importante medir quanto tempo ele leva para responder uma mensagem do que avaliar a qualidade das entregas e resultados.
É possível ver que apesar do acesso ao conhecimento, evolução da tecnologia, o problemas de liderança que estão diretamente conectados ao comportamento humano continuam acontecendo e se repetindo nas empresas.
Os problemas acabam se perpetuando. Aqui vão alguns vacilos das empresas que estão fazendo seus colaboradores se sentirem no jardim de infância novamente:
- Controle de horas 👎
- Controle de local 👎
- Tarefas ao invés de desafios 👎
- Microgerenciamento 👎
Mudando o foco de uma vez por todas
Quando passamos a olhar muito mais para os resultados, outras métricas ficam menos relevantes.
Resultados > Entregas > Horas de trabalho > Local de trabalho
Resultados valem muito mais que a quantidade de entregas, que por sua vez valem mais do que a quantidade de horas ou que horas a pessoa começou a trabalhar.
O local de onde as pessoas estão trabalhando também perde a importância quando focamos nos resultados. São Paulo, Trancoso, Tailândia? Whatever! Isso não importa mais.
Criando relações de trabalho baseadas em autonomia, propósito e confiança através do trabalho remoto
A pandemia forçou muitas equipes a trabalharem remotamente pela primeira vez, forçou algumas empresas que já trabalhavam de forma híbrida a trabalhar 100% distribuídas.
Que tal aproveitarmos esse momento para atualizar o sistema operacional da empresa e se desvincular de vícios culturais que fazem a gente tratar as pessoas da equipe como crianças. Esse é um ótimo momento para isso.
Só um lembrete, essas transformações não acontecem da noite para o dia. Muitos líderes estão liderando de forma remota pela primeira vez. Colaboradores estão trabalhando remotamente pela primeira vez, após anos trabalhando no formato com dependência de um escritório. Leva um tempo para se adaptar e evoluir.
Dando suporte psicológico, de capacitação e ferramentas para a sua equipe, você estará criando um ambiente sensacional para desenvolver e amadurecer a cultura.
Como o Ricardo Semler falou, como líderes, precisamos sair do caminho das pessoas e os deixá-las fazerem seu trabalho. Acabou-se o jardim de infância!
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