Quer entender o que é trabalho remoto e como você pode aplicá-lo na sua empresa?
Esse modelo não se restringe a trabalhar em qualquer lugar, fora de um escritório físico. Ele tem a ver com como as pessoas trabalham.
A nova corrente é aquela dos profissionais que desejam permanecer no trabalho remoto e alegam que, se precisassem retornar para o presencial, procurariam por um novo emprego.
Uma tendência de comportamento que leva a crer que, daqui alguns anos, não existirá trabalho remoto, existirá apenas trabalho.
Para não ficar de fora dessa transformação do mercado de trabalho, continue a leitura e descubra o que é o trabalho remoto e como ele funciona.
O que é trabalho remoto?
O trabalho remoto é um modelo de trabalho que envolve toda uma estrutura de comunicação e produção à distância, e que evita a a necessidade de estar no escritório físico.
Ele pode ser facilmente confundido com o home office, mas a casa é apenas um dos lugares em que o remoto pode acontecer. Até porque o trabalho remoto não é um lugar, mas sim uma forma de trabalhar.
Remoto não é onde você trabalha
O trabalho remoto não tem a ver com o espaço onde as atividades são feitas, mas como elas são feitas.
O trabalho remoto tem uma estrutura própria que exige alinhamento, comunicação assíncrona, lideranças motivadoras e humanizadas, além de outros recursos para garantir que prazos, processos e objetivos sejam respeitados.
Qual a diferença entre trabalho remoto e home office?
Home office traduzido para o português significa: trabalhar de casa.
Mas veja bem, essa é apenas uma das possibilidades do trabalho remoto.
O trabalho remoto vai muito além. Ele significa trabalhar de qualquer lugar, seja de uma cafeteria, um coworking, de casa ou até mesmo no escritório físico como uma opção.
É sobre explorar os diferentes locais que façam sentido para trabalhar e desfrutar dessa liberdade.
A distância é o padrão no remoto, enquanto o escritório é preferência.
5 Princípios básicos do trabalho remoto
O trabalho remoto precisa seguir alguns princípios para funcionar bem na prática. A seguir, listamos 5 requisitos que nós, do Officeless, consideramos fundamentais nesse formato de trabalho. Confira.
1. Remoto é uma forma de trabalhar
O remoto não é um lugar, é uma forma de trabalhar que acontece de qualquer lugar onde as pessoas estejam.
Na prática, é preciso adotar o princípio da cultura remote first. Se uma pessoa está remota, todas estão.
Ao implementar esse espírito na empresa, as lideranças trazem todas as decisões, rituais e processos para o remoto, mesmo que existam pessoas dentro do escritório físico.
Ou seja, não existem “os que estão dentro” e “os que estão fora”, todos estão juntos e remotos. Lembre-se, remote first é people first.
2. Equipe com autonomia e alinhamento
Trabalhar no remoto exige autonomia.
A equipe precisa ter iniciativa e prazer pela experimentação e execução, assim como a liderança precisa saber deixar o time livre para testar, errar, aprender e crescer.
Porém, ter autonomia não significa ausência de organização. O papel das lideranças no remoto é deixar claro os objetivos, propósito e direcionamento. O líder deve ser visto como um agente motivador, e não como um fiscal do trabalho alheio.
O lema é: menos vigilância, mais confiança.
3. Comunicação assíncrona como o padrão
A comunicação é um alicerce para o trabalho remoto.
Uma comunicação amigável que não demanda estar online a todo momento e que respeita o planejamento e fluxo de trabalho de cada pessoa, sem imediatismo.
É uma alternativa para as reuniões frequentes que lotam a agenda da equipe e impede que as pessoas realmente executem o que precisa ser feito.
Afinal, ninguém merece passar horas em calls e chegar ao fim do dia com a sensação de que não se fez nada.
A comunicação assíncrona resolve de uma vez por todas esse problema e permite que decisões e troca de ideias sejam feitas sem interromper as pessoas.
Dica: algumas ferramentas para implementar a comunicação assíncrona são o Basecamp (que utilizamos no Officeless), o Slack e o Discord.
4. Escritório e processos digitais
Empresas são as pessoas e não as paredes.
Para desenvolver a cultura do remote first é importante abrir mão da ideia de que as tomadas de ações devem partir apenas do escritório e das pessoas que o frequentam.
Por isso, trazer todos os processos para o digital e manter um escritório na nuvem é essencial para manter as equipes alinhadas, o propósito claro e o trabalho em conjunto.
5. Gestão sem vigilância
O papel das lideranças e gestores também é outro no trabalho remoto.
A equipe precisa de autonomia. Se o líder insistir no microgerenciamento, o trabalho não rende, e o desgaste da equipe é maior.
Afinal, ninguém merece viver um BBB do trabalho remoto e ter sua rotina espiada a todo momento.
A função dos líderes no remoto é manter o time motivado e ciente do propósito de cada tarefa. É muito mais um trabalho de amparo e orientação do que de fiscalização.
Como adotar o trabalho remoto na empresa?
Tratar o remoto a partir das mesmas leis do presencial é um erro comum que você precisa evitar. Para te ajudar, listamos 4 passos essenciais para implementar o trabalho remoto com sucesso na sua empresa:
1. Adote uma cultura remote first
Remote first é o posicionamento e perspectiva de que tudo deve ser trazido e pensado no remoto. Se uma pessoa está no remoto, todas estão no remoto.
Por isso, todas as pessoas da equipe devem receber as mesmas oportunidades.
Todas as decisões devem ser tomadas de forma remota, porque ninguém pode ficar de fora do processo..
2. Prepare os líderes e times
Não adianta estabelecer que o trabalho remoto será facultativo se as lideranças estão desalinhadas com a cultura do remote first e das necessidades do modelo.
Por isso, a dica é oferecer treinamentos para os líderes compreenderem qual é o seu real papel no remoto: dar autonomia, gerar motivação e compartilhar propósito.
3. Repense seus processos
Estar no remoto exige adaptação.
Ao invés de reuniões frequentes, use a comunicação assíncrona.
Desapegue do escritório físico e crie um escritório na nuvem que pode ser acessado de qualquer lugar.
Leve a tomada de decisão para o remoto.
Os processos precisam ser discutidos, construídos e estabelecidos por novos canais de comunicação, plataformas de trabalho e recursos de produção.
4. Implemente rituais de cultura
O trabalho pode ser remoto, mas as pessoas não precisam ser para que ele aconteça. Momentos de distração, troca, aprendizado e diálogo continuam sendo necessários.
O happy hour ainda pode acontecer, um papo durante um cafezinho ou a comemoração do aniversário de um membro da equipe são momentos importantes para a identificação e bem-estar dos times.
Também é fundamental compreender que o trabalho remoto não exclui a presença e o encontro das pessoas. A diferença é que, no presencial, estar presente é uma obrigação, já no remoto é uma escolha.
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