O que você gostaria de fazer no 1º dia de retorno ao escritório?
Tirar o dia para jogar conversa fora e matar a saudade do cafezinho? Conhecer quem você ainda não viu pessoalmente? Almoçar com o pessoal do trabalho? Colaborar enchendo as paredes de post-its?
Todas são respostas possíveis.
Mas e se a pergunta for: para onde você iria se tivesse que se concentrar para trabalhar em uma entrega importante?
Ou ainda, você gostaria de ir ao escritório para ficar de fone de ouvido fazendo reuniões pelo Zoom?
Será que a saudade do encontro presencial não é maior do que a do trabalho presencial?
Já vivemos essa realidade híbrida por anos aqui no Officeless até entregarmos o nosso escritório em 2019.
Nosso time já era híbrido há 7 anos e o escritório perdeu o sentido quando ele foi deixando de ser esse local de encontro. Não porque as pessoas não queriam mais estar juntas, mas porque a não-obrigatoriedade de ir levou a outras escolhas de vida.
Mudanças de cidade, de rotina, de estilo de vida, e contratações de diversos lugares.
Enquanto a cultura foi se moldando intencionalmente para acolher o novo, trocamos o trabalho presencial por encontros presenciais de tempos em tempos. Intensos e com mais significado.
Tem uma mudança grande que pode estar escondida nas políticas de trabalho híbrido.
Não que sejam decisões tomadas por mal. Existe uma intenção genuína em resgatar a interação social e as relações humanas. Mas dá para enxergar também possíveis desdobramentos de um formato híbrido “pouco flexível”.
Para muitas pessoas o encontro presencial faz muito sentido, mas o trabalho presencial obrigatório talvez não faça mais.
A maior transformação que estamos vivendo é comportamental e não sobre a mudança de local de trabalho.
Os escritórios continuarão existindo e podem ser uma ótima opção de local de apoio.
O maior desafio é o significado que será atribuído a ele a longo prazo. Que comporte um modelo de possibilidades iguais para quem está dentro e fora. De uma cultura digital e inclusiva.
Encontrar porque quer encontrar e não porque tem que encontrar.
Mais encontros presenciais e menos trabalhos presenciais.
Menos reuniões de trabalho e mais rituais de cultura.