As equipes autogerenciadas são essenciais para o trabalho remoto acontecer.
Elas podem ser definidas como times com autonomia, compromisso e responsabilidade que compartilham uma cultura e um propósito em comum.
Mas só crescem se tiverem condições para isso.
Pessoas que têm cada passo controlado pelo líder não têm oportunidade de explorar sua autonomia.
Por isso, o papel da liderança com menos vigilância e mais confiança é essencial para a construção das equipes autogerenciadas.
Nesse artigo, você vai descobrir:
- O que é uma equipe autogerenciada
- Como ela funciona
- Quais as suas finalidades
- Qual o papel e importância do líder na realização do trabalho remoto.
Continue a leitura!
O que são equipes autogerenciadas?
A equipe autogerenciada é o grupo de pessoas que executam o trabalho fora do espaço físico da empresa e têm habilidade para organizar a própria rotina de trabalho.
Nesse formato, o local e a jornada de trabalho deixam de ser relevantes, e o que passa a ser essencial é a execução alinhada e eficiente das tarefas de um projeto, e não o local e/ou a jornada de trabalho
3 Princípios das equipes autogerenciadas
Para construir uma equipe autogerenciada são necessários 3 princípios, ou seja, condições fundamentais para terem mais autonomia no trabalho remoto. São eles:
- Ter pessoas com perfil autogerenciável
- Compromisso com as entregas
- Autonomia com alinhamento
Entenda cada um desses fatores:
1. Ter pessoas com perfil autogerenciável na equipe
É importante definir um filtro de contratação que vise pessoas com perfil de responsabilidade e autogerenciamento.
Esse processo precisa ser criterioso e estar atento a pessoas compromissadas, que se encaixam no modelo de trabalho remoto. O que nos leva para o segundo princípio.
2. Compromisso com as entregas
Ter compromisso com metas claras e palpáveis é fundamental para as pessoas que fazem parte de um time autogerenciado.
Portanto, é importante observar se os membros da equipe se comportam bem em um formato de trabalho feito sob demanda.
Porém, as demandas devem ser feitas passo a passo e ter seu objetivo e propósito claro.
Produzir um material de 300 páginas em um mês pode ser assustador, mas mil palavras por dia não.
Por isso, procure fragmentar o principal objetivo em patamares menores.
A sensação de progresso e conclusão de tarefas é um ótimo motor para a equipe autogerenciada.
3. Autonomia com alinhamento
Autonomia não é falta de direção. A autonomia também exige um líder como bússola. Ele deve apontar em qual sentido a equipe precisa velejar, mas com a liberdade e a flexibilidade que o trabalho remoto oferece.
É importante que os problemas e objetivos estejam claros para aí, sim, as soluções desenvolvidas caminharem em direção ao destino desejado.
Outra parte fundamental do alinhamento, além de uma comunicação assíncrona clara e direta, são os pit stops.
Envolve definir prazos e datas para check up e atualização do desenvolvimento e conclusão de atividades, gerando assim uma bagagem de conhecimento comum.
6 Passos para criar equipes autogerenciadas no trabalho remoto
Agora que você conhece os princípios, descubra 6 passos infalíveis para montar uma equipe autogerenciada:
- Abandone o microgerenciamento
Para uma equipe autogerenciada atuar e demonstrar o seu verdadeiro potencial, é fundamental que o líder dê espaço e, sobretudo, confie nas decisões do time.
O líder onipresente, que monitora constantemente os membros da equipe, deixa o processo lento, o time coagido e o trabalho engessado. Dê adeus ao microgerenciamento.
Menos vigilância, mais confiança!
- Monitore resultados
Fragmentar as tarefas, além de tornar palpável o progresso da equipe e a motivação pelas pequenas conquistas alcançadas, facilita também o monitoramento de resultados.
Os check ups são importantes para se ter um panorama do funcionamento e ritmo da equipe remota. Isso permite que pequenos ajustes de percurso sejam feitos durante o trabalho.
- Dê autonomia para o time experimentar
Às vezes, para encontrar uma única solução, por mais simples que seja, o time precisou passar por diversos testes.
Os testes são essenciais para o amadurecimento e modernização de uma marca, empresa ou produto, por exemplo.
É a partir da liberdade de testar que a equipe remota exercita o seu potencial e autonomia como um todo.
- Defina rotinas de alinhamento com a equipe
É possível ter autonomia e uma equipe remota autogerenciável com breves paradas para alinhar as etapas de cada atividade.
Os pit stops são importantes para manter a equipe motivada e sincronizada por meio de um panorama geral das ações e expertises das pessoas como um todo.
- Aprimore a comunicação assíncrona
É muito comum o trabalho remoto ser preenchido com reunião atrás de reunião. Esse é um dos principais equívocos de liderança quando o assunto é equipe autogerenciada.
Portanto, invista em ter uma comunicação assíncrona como padrão.
Isso vai economizar tempo, aumentar a produtividade e permitir que as pessoas foquem nas atividades, sem os famosos cutucões virtuais.
Delegue e dialogue com a equipe a partir de ferramentas específicas para comunicação assíncrona.
Sugerimos o Basecamp, ferramenta que utilizamos aqui no Officeless.
- Dê clareza sobre o propósito por trás das entregas
Nem sempre uma tarefa é a mais desejada ou esperada. Para a equipe, tal atividade pode ser, inclusive, chata.
Mas, se o propósito por trás das entregas estiver claro, o time compreenderá a necessidade e importância de uma atividade, por mais cansativa que ela seja, porque ela tem uma razão de existir.
Qual é o papel do líder nas equipes autogerenciadas?
Gerenciar um projeto sem ver as pessoas tem seus desafios e seus receios para os líderes. A dúvida mais comum é: “como vou saber se as pessoas estão trabalhando, se eu não estou por perto?”
A verdadeira questão é: saber se as pessoas estão trabalhando é, de fato, uma função relevante e esperada de um líder?
Recear que a equipe autogerenciada pode reduzir ou até excluir a função do líder é comum. Mas esse receio acontece por um entendimento ultrapassado de liderança.
Vigiar ou fiscalizar o trabalho não é algo que se espera de um líder. O regime de plantão não funciona, afinal, ninguém quer se sentir vigiado.
A equipe autogerenciada exige ainda mais habilidade e clareza de gerenciamento do líder.
Ele deve motivar o time dia a dia. O líder passa a ser um importante mentor, e não um fiscal ou vigia.
Ele deve gerenciar pessoas e manter os canais de comunicação interpessoal e coletivo abertos, fluidos e confiáveis.
O técnico conhece as habilidades de cada membro da equipe e compreende a limitação e dificuldade de cada um deles.
Com isso em mente, ele articula as melhores estratégias, combinações e posições do seu time, visando melhor dinâmica e os melhores resultados.
Reprogramar. Motivar e cuidar. Difundir a cultura da empresa.
Esse é o novo papel de um líder e gestor de uma equipe autogerenciável.
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